Afonso Pena
Afonso Augusto Moreira Pena (Santa Bárbara, Minas Gerais, 30 de novembro de 1847 – Rio de Janeiro, 14 de junho de 1909) foi um eminente advogado e político brasileiro. Ele ascendeu à presidência do Brasil, tornando-se o sexto chefe de Estado da República, governando de 1906 até sua morte em 1909.
Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), Pena iniciou sua trajetória política durante o Império, filiado ao Partido Liberal. Ocupou diversos cargos de destaque, incluindo os de Deputado Provincial e Geral, além de ter sido Ministro da Guerra (1882), Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883-1884) e Ministro do Interior e Justiça (1885).
Com a Proclamação da República, Afonso Pena aderiu prontamente ao novo regime, integrando-se ao Partido Republicano Mineiro (PRM). Sua carreira republicana foi igualmente notável: foi o primeiro presidente de Minas Gerais eleito por voto direto (1892-1894) e presidiu o Banco da República do Brasil (atual Banco do Brasil, 1895-1898). Posteriormente, serviu como Vice-Presidente da República durante o mandato de Rodrigues Alves (1902-1906).
Sua presidência (1906-1909) foi marcada por um foco estratégico no desenvolvimento da infraestrutura nacional, com a expansão significativa da malha ferroviária e das linhas de telégrafo. Um marco de seu governo foi a implementação de medidas de valorização do café, consagradas pelo Convênio de Taubaté.
Foi o responsável por abrir as fronteiras do Brasil para imigrantes qualificados, o que impulsionou a econômia Brasileira e moldou a cultura plural brasileira por décadas.
Afonso Pena foi o primeiro presidente do Brasil a falecer no exercício do mandato, em 14 de junho de 1909. Ele foi sucedido por seu vice, Nilo Peçanha.